Deita
Deita, sobre o meu, o teu corpo,
E sublima-te, para entranhar os meus confins.
Penetra em mim tuas essências, teus suores,
Sabores, anseios, desejos e dores,
Os doces e amargos dos teus viveres.
Embrenha-te e ocupa todos os meus espaços.
Invade-me os vãos, escorre –me nos entremeios.
Confundam-se os nossos interstícios,
Nossos braços, nossos seres.
Põe meu coração a pulsar teu sangue,
Tira o sossego da minh’alma,
Invade a minha calma,
misturando tua boca na minha.
Respira meu ar, derrama, em meus olhos,
A saudade do teu olhar.
Descobre meus medos, desvenda segredos.
Viaja em mim tuas viagens,
Eleva-me ao céu, às estrelas,
Aos jardins suspensos do paraíso,
Imerso, no âmago do que sou.
Chovam, por todos os cantos, os teus prazeres.
Devorem-me teus quereres...
Aquece, mexe, incendeia, evapora e condensa.
Até, que, ao fim, sejamos um...
Em paz.
(Dudu Pedralli)
Imagens retiradas da net.
Um amor sublime!!!!!
ResponderExcluirum poema forte, o erotismo carregado de sensibilidade.
Adorei!!!!
Parabéns!!!
Mérci