terça-feira, 26 de julho de 2011

Deita



                     Deita

Deita, sobre o meu, o teu corpo,
E sublima-te, para entranhar os meus confins.
Penetra em mim tuas essências, teus suores,
Sabores, anseios, desejos e dores,
Os doces e amargos dos teus viveres.
Embrenha-te e ocupa todos os meus espaços.
Invade-me os vãos, escorre –me nos entremeios.
Confundam-se os nossos interstícios,
Nossos braços, nossos seres.
Põe meu coração a pulsar teu sangue,
Tira o sossego da minh’alma,
Invade a minha calma,
misturando tua boca na minha.


Respira meu ar, derrama, em meus olhos,
A saudade do teu olhar.
Descobre meus medos, desvenda segredos.
Viaja em mim tuas viagens,
Eleva-me ao céu, às estrelas,
Aos jardins suspensos do paraíso,
Imerso, no âmago do que sou.
Chovam, por todos os cantos, os teus prazeres.
Devorem-me teus quereres...
Aquece, mexe, incendeia, evapora e condensa.


Até, que, ao fim, sejamos um...
Em paz.
(Dudu Pedralli)
Imagens retiradas da net.

Um comentário:

  1. Um amor sublime!!!!!
    um poema forte, o erotismo carregado de sensibilidade.
    Adorei!!!!
    Parabéns!!!
    Mérci

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